Amnésia

AMNÉSIA – 60 minutos – maiores de 16 anos
Um espectáculo sobre a memória… ou a falta dela.

Quem é que não tem uma má memória que desejaria apagar?
E aqueles que gostariam tanto de apagar as nossas memórias?
Na luta contra a amnésia colectiva, os livros têm um papel fundamental.

Os livros são a nossa melhor memória.

Fotos

Quem faz o quê

Textos : Alexandre O’Neill, Álvaro de Campos, António Lobo Antunes, Boris Vian, Carlos Queiroz, David Mourão Ferreira, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, Fernando Sylvan, Hans Magnus Enzensberger, Manuel António Pina, Nuno Júdice, Ray Bradbury, Santo Agostinho, Sidónio Muralha, Sophia de Mello Breyner Andresen

Encenação e cenografia: Rui Paulo

Pesquisa e figurinos: Cristina Paiva

Interpretação: Cristina Paiva

Som e imagem: Fernando Ladeira

Mestra de costura: Teresa Louro

Serralharia: Leonel & Bicho

Agradecimento especial: Catharina Didelet e Bernardo Cardoso

Apoios: Câmara Municipal de Alcochete, Sony

Se bem me lembro...

Se bem me lembro… este espectáculo é… sobre… a memória. A memória…? Ora… eu sei que tem a ver com os livros… é isso, é sobre o prazer de ler. Mas também fala de… ai!, eu ontem lembrava-me tão bem! da infância? Será? Mas não é um espectáculo para crianças. Decidimos isso logo de início. Lembro-me dessa conversa como se fosse hoje. Mas tenho quase a certeza que é sobre a infância. Claro, é na infância que aprendemos a ler. Faz sentido. Na infância nunca nos esquecemos de nada, decoramos tudo. De tal modo que mesmo quando envelhecemos, as memórias mais nítidas são as da infância. Ora eu estava a falar de quê? …Ah! Dos livros, é isso. Quais livros? Há tantos livros… “não duro nem para metade da livraria” dizia o Almada Negreiros. Como é que eu me fui lembrar disto agora? O que é que eu vos queria dizer? Sinopse! Isto deveria ser uma si-no-pse! Então… assim muito resumidamente… Já sei!! é sobre as memórias, as várias memórias, as boas e as más… “A gente guarda tudo mesmo que não queira”, dizia o Álvaro de Campos. Quer dizer… ele não dizia porque ele não dizia nada… ou seja, ele não existia propriamente, e no entanto até ele tinha as suas recordações… É difícil fixar a memória num só ponto. Ela tende a passarinhar… Ah! O espectáculo… tenho a sensação que me estou a esquecer de qualquer coisa

Fez-se assim