À FALA COM MANUEL DA FONSECA
50 minutos – Público em geral
Espectáculo concebido em 2011, quando se comemoraram os cem anos do nascimento de Manuel da Fonseca.
Celebrar a sua obra, eis o nosso objectivo. Percorreremos as personagens mais marcantes dos seus romances, contos e poemas. Mas também recuperaremos o grande contador de histórias que ele era. Manuel da Fonseca, o homem que alargava as noites de quem o escutava. O nosso grande desafio é recriar uma noite assim.
Fotos
Quem faz o quê
Textos: Manuel da Fonseca
Encenação, pesquisa e selecção de textos: Cristina Paiva e Fernando Ladeira
Interpretação: Cristina Paiva
Sonoplastia: Fernando Ladeira
Mais
Se fosse vivo teria seguramente muitas histórias para nos contar. Das antigas e das novas, e daquelas inventadas por ele.
Manuel da Fonseca, o grande contador de histórias. Ele, a quem as homenagens soavam a velório, mais do que vir a ser um nome de rua ou mais uma entrada na história da literatura portuguesa, interessava-lhe comunicar, quer falando directamente com as pessoas, quer escrevendo.
O que nos interessa a nós é dar a conhecer a sua obra, para que não caia no esquecimento. Dos romances aos contos, da poesia às crónicas e às conversas transcritas e reescritas em inúmeras entrevistas que deu, há um olhar luminoso sobre uma realidade cinzenta, injusta, cruel, desumana, que era a realidade de Portugal até ao 25 de Abril de 1974. Apesar da alegria imensa que essa data representou, não desapareceram os motivos que o levaram a escrever. E assim, nunca o deixou de fazer.
Regressar hoje ao “Cerromaior” ou a “Seara de Vento”, aos contos de “Aldeia Nova” ou de “O fogo e as cinzas”, à claridade da sua poesia, às personagens que marcaram gerações de leitores e moldaram o seu olhar (sim, a nossa realidade também se constrói com o que lemos), é regressar a uma esperança, é voltar a acreditar na liberdade, no amor, na solidariedade verdadeira, na dignidade a que todos os homens têm direito.