Faro
A minha solidão devia ter asas
Olhei para o lado e não vi ninguém. As cidades, as praias, as casas, os cafés, as aldeias, as escolas, os lugares estão cheios de pessoas sós. Também eu estou só. Peguei num livro. Respirei. Abri-o. Li as palavras escritas. Um objeto inerte cheio de vida. De vidas. Da minha vida. Da minha vida?
O verso de Alejandra Pizarnik serve-nos de mote para mais um espectáculo de promoção da leitura. Desta vez destinado aos alunos do ensino secundário e público em geral.
A epidemia do século, a solidão, principalmente entre os jovens, está a matar-nos. Na era das auto-estradas da comunicação encontramo-nos cada vez mais sós. Os livros, os poemas, as histórias, o pensamento, as ideias, as palavras escritas estabelecem comunicação a um nível profundo que nos ajuda a compreender melhor o mundo que nos rodeia, a relacionarmo-nos uns com os outros e a dar voz a sentimentos e pulsões que não conseguimos entender nem lidar com.
Parceiro Institucional: Município de Pombal