Ela é um livro (como todas as coisas o são) e habita um livro.
Ela é uma biblioteca (como todas as pessoas o são) e habita uma biblioteca.
Desse lado do mundo, do lado da palavra escrita, observa e transforma o que a rodeia. Exige para si a possibilidade de um outro olhar. A possibilidade de uma outra perspectiva.
Já o dissemos antes: “Poesia é brincar com palavras”. É assim, a brincar, que ela constrói com palavras que retirou aos livros, o seu mundo. Um mundo onde “as coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis” onde “elas desejam ser olhadas de azul”.
A tentativa de compreender, de aprender, de partilhar e de comunicar: é assim este espectáculo.
Talvez com esta personagem aprendamos a ser mais tolerantes.