Alves Redol

ALVES REDOL
35 minutos – Público em geral

Em 2011, ano em que se comemorou a data do seu centenário, surgiu o convite por parte da Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira, a sua terra natal, para que construíssemos um recital a partir da sua obra.
Este é um recital de prosa, apesar de também surgirem alguns poemas seus (que apenas foram publicados em jornais).
Neste recital tentamos recriar os ambientes dos seus romances e contos: com excertos das suas obras mais marcantes como Barranco de Cegos (para muitos a sua obra prima), Gaibéus, Uma fenda na muralha, os livros para crianças; com as Vozes do Trabalho, recolhidas por esse Portugal rural dos anos 60 e 70 por Michel Giacometti; com a música popular que percorre os seus livros, desde o Fandango da sua Lezíria, ao Vira da Nazaré. Tudo isto para que novos leitores acedam à sua obra e ao conhecimento da sua vida.
Alves Redol – Um homem que não aceitava que homens fossem donos de outros homens.

 

Quem faz o quê

Textos: Alves Redol

Pesquisa e selecção: Cristina Paiva e Fernando Ladeira

Textos ditos por: Cristina Paiva

Sonoplastia: Fernando Ladeira

São dele estas palavras

“Breve nota de culpa” que antecede o romance Barranco de Cegos:

“Acuso-me de ter rompido, com muitos outros, os nevoeiros premeditados, os abismos reais e os abismos ilusórios, que são ainda mais perigosos, as cadeias, as ameaças e os sortilégios do cercado em que conviria permanecermos por mais uns séculos, para glória e proveito dos nossos amos, que dispuseram de poderes suficientes para mandarem decapitar todos os seus servos, sem qualquer coima ou embargo, e não o ordenaram pelo simples facto de não poderem passar sem eles.”